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Bagacêra's

domingo, 7 de agosto de 2016

CASO MOSBY - CAPÍTULO 5



CAPÍTULO 5


AMÉLIA


 - Hm. Tá horrível! – torci a cara ao tomar meu primeiro e último gole daquele cappuccino terrível que Tyler havia preparado para mim.
- Você é sempre assim tão rabugenta de manhã cedo? – ele pareceu ofendido.
- A culpa não é minha se você me fez essa porcaria aí, e eu ingenuamente tomei. Não confiar em Tyler com bebidas e comidas. Anotado. – me levantei para jogar aquilo fora e preparar outro.
  Quando voltei, meu parceiro estava debruçado na minha mesa com os olhos vidrados em meu computador.
- Você tava fuçando nos subsolos do facebook? – ele me encarou por um instante e depois voltou a se concentrar na tela em sua frente – Quem é Denis? E porque você está stalkeando ele? É por isso que você tá um porre hoje?
  Eu senti que aquelas perguntas deveriam ter me irritado, mas só me fizeram perceber que eu realmente estava um saco, e me irritando até com o vento.
- Desculpe, de fato eu estou sendo meio chatinha hoje, hehe. Hoje não é um dos melhores dias e sinto que estou descontando em você. Um pouquinho. – não consegui olhar Tyler nos olhos, então me concentrei em encarar o seu denso cabelo negro.
- Você não respondeu nenhuma das perguntas.
- Já disse que seu cabelo é muito preto? – falei pegando em uma das suas mechas e ele rapidamente ficou desconfortável, e saiu da minha cadeira.
- Aparentemente, você é ótima em mudar de assunto – ele murmurou e saiu.   


TYLER

  Amélia estacionou o carro em frente a um luxuoso prédio de cindo andares, que parecia ser todo de vidro, as janelas mostravam o contidiano dos trabalhadores e toda aquela correria ambiciosa. Duas viaturas policias já estavam estacionadas lá na frente.
- Será que vamos encontrar algo de interessante? – perguntei tirando o meu cinto – E sobre aquele Newton?
- Mandei os policiais Roberto e Júnior em seu apartamento, ele estará sendo mantido lá na delegacia até interrogarmos ele. Depois decidimos o que faremos. Mas de uma coisa eu sei, aquele tal de Newton é um forte suspeito.
  Subimos ao quinto andar onde estava localizadao o escritório de “Edgar A. Mosby, advogado criminalista”.  Na porta branca e moderna estava um aviso policial, entramos e os policias já estava fazendo o seu trabalho.  Coloquei as luvas e fui procurar em uma sala cheia de livros grandes e velhos, cheios de mofo.  Meu nariz começou a coçar.
- AAAATCHINNN – pulei com o espirro, assustando um dos oficiais que passava pela porta – desculpa – falei sem graça.



AMÉLIA


  O escritório sem dúvidas possuía um ar de modernidade, móveis brancos com detalhes prateados, plantas artificiais, quadros abstratos   e computadores ponta de linha tanto na recepção, como na sala privada do Mosby.
  Não havia nada que nos chamasse muita atenção. Foi fácil encontrar a ficha contendo as informações da recepcionista que trabalhava para para vítima, uma mulher chamada Biancão Neves, que morava quase fora da cidade.
- AMÉLIA! – Tyler gritou da outra sala – vem cá, rápido!
  Corri para a sala que servia como um depósito e lá estava Tyler, em um dos cantos da sala virado de costas.
- O que foi?
- Olhe isso – em seguida, ele ergueu um pendrive preto pequeno. Nele havia um pequeno desenho de um olho.
- É o mesmo desenho daquele colar que achamos no apartamento do Newton.
- Sim – Tyler parecia empolgado – E o que quer que esteja aqui ele queria esconder muito bem. Estava dentro de um dos livros de advocacia, muito escondido, quase passou despercebido por mim.
- Hmm – olhei o objeto com calma, esse caso estava ficando cada vez mais complexo – vamos dar uma olhada.
  Fomos até a próxima sala. Era o escritório do Mosby, onde quase todos os móveis eram pretos e feios, mas provavelmente valiam uma fortuna. Colocamos o pendrive no computador e logo ouvimos o bip que significava que havia conectado. De repente a tela ficou toda preta e vários números e letras passavam rapidamente, como códigos de computador. Por um segundo eu pensei que havia dado erro ou algo assim, mas logo em seguida uma música clássica bizarra começou a tocar, me deixando arrepiada. Era um disfarce.
- Mas o que porra é essa? – Tyler murmurou.
- Parece que temos uma informação interessante aqui – tirei o pendrive e coloquei em uma sacolinha – Acho que vamos ter que mostrar isso aqui ao Hank.
- Ah cara... Eu odeio o Hank.


   Paramos em frente a imensa porta de vidros com maçanetas de ouro.
- O senhor e a senhora vão entrar? – um jovem esguio com cara de bebê perguntou educadamente. Ele vestia um uniforme vermelho que o fazia parecer um soldadinho. Balancei a cabeça positivamente e ele abriu a porta.
  Assim que entramos por aquela porta senti o nome DUBAI brilhar na minha mente. Aquele lugar era tão... Dubai.   Pessoas iam e voltavam, conversas frenéticas em todos os lugares, pessoas ricas tomando café com pó de ouro acompanhado de bolinhos que custavam nada mais que o olho da cara.
- Então aqui é o Alca Plaza – Tyler olhava com admiração ao grande lustre no teto da recepção. – O que vamos falar na recepção?
- Olha não to afim de fazer tumulto – sorri – E acabamos de achar a oportunidade perfeita – o recepcionista havia acabado de mudar, de uma senhora com aparecia de rabugenta  para um homem atrapalhado e desorientado – Mantenha a pose – pisquei.
  Empurrei meu parceiro para a bancada da recepção.
- Olá, boa tarde – sorri , bem slutty – Eu não quero de incomodar, então vou ser bem breve. Eu perdi o cartão de acesso do meu quarto, 3208. Você pode me dar outro?
- Ah claro, só um instantinho – ele sorriu.
- Pateta – murmurou Tyler e eu dei uma cotovelada nele no mesmo segundo.
- Aqui está, Senhora Mosby. De acordo com o computador a última vez que a senhora veio foi no ano passado, talvez não tenham preparado o quarto ainda. A senhora gostaria de aguardar?
- Ah não, não. Não é necessário. Eu ligo depois.
- Ok.
  Andamos rapidamente até o elevador onde um senhor idoso sentava num banquinho dourado.
 - Qual quarto?
- 3208 – disse, de repente o senhor pareceu estar extremamente incomodado com a nossa presença. Ele pegou uma chave do bolso e abriu uma portinhola no painel, lá havia somente um botão verde, o qual ele apertou.
  O elevador começou a subir e foi até o 31° andar e parou, a porta se abriu.
- Não é aqui –  disse o senhor . A porta se fechou novamente e subimos mais um andar.
- Aqui estamos.
  Saímos do elevador e entramos no corredor escuro. As luzes se acenderam uma a uma como em um filme de terror. Havia um longo corredor e uma porta dourada no final.
- Que estranho – comentei.
- Pense. – Tyler respirou fundo – Então, Senhora Mosby? De quem será que ele estava falando? Mosby tinha uma esposa? Até onde eu sei ele é solteiro, nem um registro de casamento nem nada. E o que foi aquilo no elevador? Também percebeu?
- Aparentemente estamos em um andar secreto, indo para um quarto secreto. Acho melhor termos cuidado – puxei minha arminha de estimação do blazer.  
  Passei o cartão na fechadura eletrônica que desbloqueou a porta no mesmo momento. A luz  do sol que iluminava o quarto pelas cortinas rasgadas me cegou por um instante.
- Amélia – Tyler estava no meio do quarto.
  Não havia móveis, não havia nada. Mas haviam fotos da vítima em seus últimos momentos de vida espalhadas pelas quatro paredes. Centenas delas. Imagens de Edgar Amadeus Mosby andando na rua escura, de seu olhar temeroso, escondido por entre as sombras, andando rápido, parado, correndo, caindo, morto. Um calafrio percorreu todo o meu corpo.
 – O que está acontecendo?
  
     
Postado por Unknown às 14:59
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